sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Atlanta

Entre o chão e as nuvens é como vivem a maioria dos seres... entre a mente consciente e a realidade é o que vivem... Mas minha mente teima em destemidamente adentrar a noite profunda... A noite profunda do mundo, a noite profunda que impõe meu inconsciente quando mergulho em suas águas profundas e obscuras... Lá não sou apenas um espírito, mas a imagem do grande espírito lá não sou parte do todo, sou o todo, lá não sou parte da paisagem ou do rio, mas sou... Sou lá e também sou aqui quando os minha consciência se expande e alcanço a liberdade de ser parte do todo, de ser rio ou mesmo o vento que acaricia as aves na montanha solitária... Atravesso as montanhas e pelo torpe inconsciente do mundo chego em Atlanta, a pátria mãe de tudo que conhecemos... Navego na imensidão do mar do que me é permitido ver e viver, mas apenas algumas impressões na alma acordaram... Mas agora sei que minha mente não me aprisiona mais, nem nenhum poder que rege este mundo... Liberdade é ser simplesmente como a Deusa mãe me fez em minha essência... Nasci perfeito e com essa consciência, e aos poucos a vida me fez esquecer quem eu era... A fênix retorna a sua pátria mãe, e de lá lidera sua ordem... Renascer é alcançar um novo estágio de consciência é ser a poesia que o ser Supremo escreveu ao nos criar... O chão e as nuvens ainda dizem alguma coisa? Sim, o chão que piso e as nuvens são miragens deste plano, um desafio diário para que eu não esqueça, não de onde vim, mas quem realmente sou... Cléber mestre Psicopompe Ilú...